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Hoje é dia ...

Hoje é dia do ENFERMO 14/01


Meu amigo, e minha amiga, quem é que nunca ficou duente nessa vida ? quem é que nunca pegou um resfriado ou ficou com febre ?
Hoje dia 14 de Janeiro é  "comemorado"  o dia do ENFERMO, encontrei na NET um artigo CHATO e interessante e resolvi postar aqui (Fonte: www.amaivos.uol.com.br/ ).. Leia;

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Dia do enfermo

CARDEAL D. EUSÉBIO OSCAR SCHEID
Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro
A celebração do Dia do Enfermo, no dia 11 passado, enseja uma reflexão sobre a fragilidade da vida humana, e a experiência da dor e do sofrimento. Os encontros mais numerosos que Jesus teve, durante sua vida terrena, foram com enfermos. O espírito evangélico deve orientar nossa postura diante dessa realidade, e a maneira de lidar com as pessoas que sofrem de alguma doença.
O sofrimento é uma circunstância que sempre provoca perplexidade no ser humano, especialmente quando se trata do sofrimento dos inocentes. Desde a Antiga Aliança, temos exemplos de homens que sofreram, mesmo sendo justos. Talvez o mais conhecido seja Jó, cuja história é a moldura para a reflexão sobre a aparente contradição da justiça divina, ao permitir que o justo seja vítima de diversos revezes.
Após registrar os questionamentos do personagem, o livro nos apresenta um texto magnífico (cf. Jó 38-41), no qual Deus discursa para afirmar o seu poder, que ultrapassa nossos cálculos e expectativas. Ele afirma: “Queres reduzir a nada a minha justiça, e condenar-me antes de ter razão? Tens um braço semelhante ao de Deus e uma voz troante como a dele?” (Jó 40,3-4). Finalmente, Jó reconhece a própria ignorância, diante dos desígnios divinos: “Sei que podes tudo, que nada te é muito difícil. É por isso que me retrato, e arrependo-me no pó e na cinza” (Jó 42,2.6). Deus, então, restabelece sobre ele a sua bênção, descrita nos moldes do Antigo Testamento: descendência, prosperidade e vida longa.
Outro caso é o de Tobit, pai de Tobias. Era homem piedoso, observante da lei e praticava a caridade, principalmente nos gestos de dar esmolas e sepultar os mortos. Apesar disto, fica cego. O livro destaca a humilde submissão do personagem à vontade Deus, reafirmando a justiça divina em todas as situações, mesmo na provação: “Vós sois justo, Senhor! Vossos juízos são cheios de eqüidade, e vossa conduta é toda misericórdia, verdade e justiça. Lembrai-vos, pois, de mim, Senhor! Não me castigueis por meus pecados e não guardeis a memória de minhas ofensas, nem das de meus antepassados. Tratai-me, pois, ó Senhor, como vos aprouver” (Tb 3,2-3.6). Afinal, Deus concede a esse justo a cura, e a bênção para sua família, com o casamento do filho Tobias e a manifestação do anjo Rafael.
Embora a ciência venha evoluindo rapidamente, a dor e a morte não foram superadas. À medida em que são descobertas curas para várias doenças, e novos tratamentos são desenvolvidos, parece que se multiplicam outras tantas, sobretudo de fundo psicológico e, até mesmo espiritual. Os efeitos psicossomáticos são diagnosticados com freqüência cada vez maior. Quem ainda não ouviu falar dos estados psicológicos causadores de diversas doenças, inclusive de certas formas de câncer?
Todo doente tende a se sentir isolado, como se sua dor fosse a única, ou a maior do mundo. E muitos ficam revoltados, como se a experiência do infortúnio não fosse partilhada pelo restante da humanidade. E todos se perguntam: Por quê? A nós, que estamos sadios, o doente faz refletir sobre a bênção de ter saúde e, também, sobre a transitoriedade e a fragilidade de nossa condição física. Às vezes, uma pequena disfunção, descurada por nós, ou não diagnosticada pelos médicos, pode nos infligir um golpe fatal. Portanto, a vida é como um sopro (cf. Sl 143[144],4), e temos a dor como companheira. Mas a dor também é pedagoga, quando compreendida e aceita. Tanto que Cristo não quis suprimir o sofrimento, mas o assumiu e, em muitos casos, curou.
O Papa Paulo VI nos deixou um belíssimo ensinamento sobre isto,  na mensagem do dia 8 de dezembro de 1963, por ocasião do término do Concílio Vaticano II. O texto foi transcrito em nossa reflexão do ano passado, sobre o mesmo tema. Mas, dada a sua importância e profundidade, refiro-me a ele, ainda uma vez.
Falando sobre a “ciência cristã do sofrimento”, o Papa define os enfermos como “imagens vivas e transparentes de Cristo”: “se quereis, salvais o mundo”. Pois há uma “única verdade, capaz de responder ao mistério do sofrimento e de vos trazer uma consolação sem ilusões: a fé e a união das dores humanas a Cristo, Filho de Deus, pregado na cruz pelas nossas faltas e para a nossa salvação”. Olhando para o crucifixo e, a partir dele, é que encontramos a resposta. Cristo é o homem das dores. O homem que sofreu mais do que todos os enfermos, por um padecimento físico e psicológico intraduzível.
Aqui se manifesta a grandeza da Comunhão dos Santos e toda a santidade do Corpo Místico de Cristo, formado pela Cabeça, e por todas as gerações de fiéis, unidos como verdadeiros membros desse Corpo. Sofreram, e ainda sofrem, para que outros se convertam e se santifiquem. Todas essas graças são associadas aos méritos infinitos de Cristo, formando o tesouro inesgotável da Igreja.
Um outro aspecto importante do problema do sofrimento, é o nosso contacto com o doente. Privado de seus relacionamentos e atividades habituais, ele se comunica apenas com aqueles que o visitam, ou tratam dele. Então, é muito importante que se entre no quarto de um doente com a fisionomia serena, inspirando paz e esperança.
Para isso, precisamos desenvolver a empatia, fazendo o esforço de nos colocarmos no lugar do enfermo, e procurando tratá-lo como gostaríamos de ser tratados. A empatia suscita em nós a compaixão. Mas isto não basta. Devemos praticar a misericórdia, concretizada em ações, que visem retirar a pessoa da condição em que se encontra. A misericórdia, no âmbito da fé cristã, fundamenta-se na caridade que, por sua vez, leva à fraternidade: agimos imbuídos do amor de Deus em nós, colocando-nos a serviço do próximo, no qual vemos um irmão, pois, em Cristo, somos filhos do mesmo Pai.
Finalizo, com uma palavra de reconhecimento aos médicos. Assim como o doente é imagem do Cristo crucificado, o médico é mensageiro e instrumento do Cristo misericordioso, que opera maravilhas em favor de seu povo. Refiro-me, evidentemente, aos profissionais competentes, que assumem seu trabalho como missão. Não se pode negar-lhes o direito a uma remuneração justa, condizente com o preparo e a responsabilidade que lhes são exigidos. Mas o ideal de solidariedade, diria mesmo de caridade, deve transcender o sucesso profissional e econômico.  
Pessoalmente, tenho me beneficiado muito do conhecimento e da experiência de diversos desses profissionais. E me orgulho em contar, na nossa Arquidiocese, com uma Associação de Médicos Católicos. A todos abençoo, no amor do Coração de Jesus. Mas também me inclino, diante da nobre missão que Deus lhes confiou, de derramar a sua misericórdia sobre todos os que precisam de alívio e de cura.

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Espero que tenham Gostado, até porque eu nen li e postei :D ...  
SINCERIDADE MANOLOS

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